Presidente da AMA usa tribuna Popular para falar da Campanha do Laço Branco

 

A presidente da AMA – Associação de Mulheres em Ação de João Monlevade, Elivânia Felícia Braz, usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal na tarde dessa quarta-feira, 3, para reforçar e ampliar a mobilização em torno da Campanha do Laço Branco, iniciativa voltada à conscientização dos homens pelo fim da violência contra a mulher.

A campanha, instituída no município pela Lei nº 2.109/2014, é realizada anualmente na primeira semana de dezembro, alinhada ao Dia Internacional da Campanha do Laço Branco, celebrado em 6 de dezembro. Em sua fala, Elivânia destacou que, embora seja uma honra participar das discussões na Casa Legislativa, a necessidade de ainda falar sobre violência de gênero revela uma triste realidade. “As mulheres não precisam ser sensibilizadas a não aceitarem a violência. É com os homens que precisamos dialogar”, afirmou, reforçando que a campanha busca promover uma profunda transformação de atitudes, comportamentos e percepções masculinas.

Durante a fala, a presidente da AMA citou dados alarmantes divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, que registrou 1.492 feminicídios e 87.545 casos de violência sexual e violência sexual contra vulneráveis no Brasil em 2024. No âmbito municipal, a Polícia Civil contabilizou 304 medidas protetivas emitidas no mesmo ano, número que, segundo Elivânia, “representa vidas de mulheres que vivem sob ameaça e medo”.

Elivânia convidou os vereadores e o público presente a assumirem o Laço Branco como um pacto de dignidade, respeito e mudança de postura. Ela também reforçou a importância de políticas públicas permanentes que fortaleçam a rede de proteção às mulheres, incluindo ações de educação e prevenção nas escolas; capacitação contínua dos agentes públicos; ampliação de canais de denúncia e acolhimento; criação de grupos reflexivos masculinos, para repensar comportamentos e masculinidades; formalização da rede de enfrentamento à violência de gênero no município, com aporte de recursos públicos.

Segundo ela, “leis e simbolismos não bastam sem atitude, compromisso e ação cotidiana”. A presidente da AMA lembrou ainda que a violência não se resume à agressão física, citando exemplos de violência psicológica, moral, patrimonial e sexual, reforçando que o combate a todas as formas de violência deve ser prioridade.

Encerrando sua participação, Elivânia reafirmou o lema da AMA: “Você não está sozinha”, e convidou todos os homens da Casa e o público presente a participarem da campanha. Foi distribuído aos presentes uma fita branca com os dizeres: “Homens pelo fim da violência contra a mulher” como símbolo de compromisso público com a não violência.

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