Compromisso e reconhecimento com o Grupo Voluntário de Resgate e Emergência, e, consequentemente, com a população de Barão de Cocais. Os vereadores foram unânimes em reconhecerem o empenho dos voluntários e afirmarem que buscarão meios de auxiliarem nos custos e ampliação do GRVE. A demonstração dessa união do Poder Legislativo cocaiense foi durante a reunião ordinária que ocorreu nesta quinta (25).

O diretor do GRVE, Uelinton Rodrigues, usou a Tribuna Livre. Segundo Uelinton, a proposta era apresentar formalmente o grupo, mostrar os números de 2025 e apresentar também o planejamento tanto do GRVE quanto da Brigada.  “Somos sempre acionados nas ocorrências, tanto de atendimento clínico, de trauma, mas também de combate às queimadas e resgate de animais. Queremos que a população veja o GRVE além disso. Estamos vigilantes por Barão de Cocais, nossa identidade é aqui. Nada melhor que começar esse movimento na Câmara Municipal, que é a Casa do Povo”, disse.

A apresentação começou com uma afirmativa: “Você com certeza conhece alguém que já foi atendido por nossos voluntários”, o que foi confirmado pelos vereadores. Ainda conforme apresentação, o Grupo de Resgate Voluntário tem quase 15 anos de trabalho em Barão. Pela seriedade e comprometimento, possui dois títulos de utilidade pública: municipal e estadual, o que credencia os voluntários a receberem apoio do Poder Público, seja por emendas parlamentares, assinatura de convênios e até mesmo emenda impositiva, ferramenta dos vereadores que podem destinar parte do orçamento da Prefeitura para o resgate. “Outro ponto importante é que somos credenciados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, para fazer o que fazemos. Temos técnica comprovada pela força de segurança”, pontuou Uelinton, frisando também que os voluntários são os únicos capacitados em Barão para resgate de animais. 

Sede e frota

Como já amplamente divulgado, a sede própria do Grupo de Resgate é uma conquista a partir do Plano de Compensação da Vale. A área foi repassada pelo município e a construção custeada pela mineradora, a partir da celebração de acordo com várias frentes, dentre elas as instituições de Justiça. No entanto, se engana quem acha que a sede está concluída. “O que estava no plano foi cumprido, mas a cobertura, por exemplo, foi feita com nossos recursos, para não deixar as ambulâncias se deteriorarem. A área em frente, onde queremos construir nosso centro de treinamento, ainda não foi feita e na lateral, queremos fazer um anexo específico para armazenar ferramentas utilizadas no combate as queimadas”, explicou ele. 

Já sobre a frota, o tema é preocupante. O GRVE possui quatro ambulâncias, sendo três com mais de 10 anos de uso, o que demanda alto custo de manutenção. Uma está em uma oficina. Além disso, uma caminhonete está parada há mais de um ano por problema no motor. “Trabalhamos ainda para fazer a adaptação de um caminhão de lixo, doado na gestão passada, em um caminhão pipa. Quando atendemos a ocorrências de incêndios, nosso pessoal enfrenta as chamas com treinamento sim, e com material mínimo. Os caminhões pipas que auxiliam são de empresas terceirizadas, que se mobilizam para ajudar”, explicou Uelinton. Por isso, segundo o diretor, é indispensável o apoio da Prefeitura e Câmara Municipal. “Todos os custos do Resgate Voluntário tem como fonte doações da sociedade e de empresas privadas. Construímos um Plano de Trabalho, que está em avaliação na Prefeitura. A atual gestão está aberta ao diálogo, mas sabemos que os trâmites são demorados. Gostaríamos de fazer dois pedidos: conheçam nosso trabalho, confiram a nossa prestação de conta. E nos ajude a manter esse trabalho. Somos parceiros nos eventos, trabalhamos sete dias da semana, 24 horas, sempre voluntários. Não estamos aqui para competir, mas para somar”, pontuou Uelinton, lembrando do cenário enfrentado ano passado em Barão, onde a cidade queimava e a linha de frente foram os voluntários. 

Plano de trabalho 

Sobre o plano de trabalho, além da aproximação com o Poder Público e a sociedade em geral, no planejamento do GRVE e da Brigada está a ampliação do trabalho preventivo. Soma-se a isso a conclusão da sede, renovação da frota e construção conjunta de ações da defesa civil. “Somos voluntários, não recebemos salário. Somos de Barão e temos orgulho em servir o povo cocaiense. Só pedimos que nos permitam continuar nessa missão”, pediu Uelinton. 

Como acionar o ajudar o GRVE

O GRVE pode ser acionado pelo número 31 99526-0142.

Já aqueles que puderem ajudar com doação, de qualquer valor, pode ser feita via PIX. A chave é o CNPJ da instituição: 13.924.990/0001-04.

Para saber mais sobre outras formas de doar, basta entrar em contato pelo número informado ou pelo Instagram @grvemg