Festival Baobá terá shows do grupo Olodum e da banda gospel Preto no Branco

Evento que celebra o Mês da Consciência Negra promete repetir o sucesso do festival gastronômico

 

Planejado para se tornar referência regional, o Festival Baobá – Pretas Tradições reunirá uma série de atrações para marcar o Mês da Consciência Negra em João Monlevade.

Na sexta-feira (18), a banda baiana Olodum, famosa pelos hits “Faraó” e “Avisa lá”, vai jogar para o alto o público na Praça do Povo, a partir das 21h. A abertura da noite fica a cargo do grupo monlevadense Tambores do Morro, às 19 da noite.

As atrações do sábado (19) começam na Praça do Povo começam na a tarde, a partir das 14h, com apresentação de capoeira seguida de cortejo de grupos de congado e marujos de João Monlevade. Logo após, será realizado o bate-papo “Conexões Pretas”, com representantes negros do meio acadêmico, das artes e de saberes tradicionais - mais uma edição do projeto “Conexões Monlevadenses”, lançado em abril, no aniversário da cidade. Às 17h, o duo Doi Neguim, de Pouso Alegre, leva ao palco o show “Sons de Lá”, um repertório marcado pela cultura Bantu. Já às 19h, a Família Alcântara Coral apresenta sua música que já transitou pelo país e pelo exterior. A grande atração da noite fica a cargo do grupo belo-horizontino Preto no Branco, que vai mostrar seu som gospel com influências de soul music e outras referências.

No domingo (20), Dia de Zumbi dos Palmares e Dia da Consciência Negra, os monlevadenses da banda Deixa se Envolver, de axé music, se apresentam às 13h e, às 15h, haverá show de Rômulo Rás e os Afilhados do Sereno, seguido por batalha de MCs.

O Festival contará com barracas de comida de origem africana (feijoada, vatapá, acarajé e muito mais), trancistas e maquiadoras negras também estarão no local com serviços de beleza.

O evento é uma realização da Prefeitura de João Monlevade, por meio da Fundação Casa de Cultura, em parceria com as secretarias municipais de Educação e de Assistência Social, e entidades como a Pastoral Afro da Paróquia São Luís Maria de Montfort, Associação Monlevadense de Afrodescendentes (Amad), Faculdade Doctum, Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Escola Estadual Dona Jenny Faria e Pastoral Afro-Brasileira (PAB) Montfortina.

 

Mais Baobá

O Festival Baobá também terá teatros, oficinas e rodas de conversas com foco na luta antirracita.

Na quarta-feira (16), o grupo Teatro Negro e Atitude, de Belo Horizonte, apresenta um espetáculo cênico a partir das 19h no Teatro Antônio Gonçalves, no Centro Educacional. Logo depois, no mesmo local, a dançarina Gabriela Isabel mostra a coreografia de “Tudo que Nós tem é Nóis” e, encerrando a noite, acontece a apresentação da Associação Monlevadense de Afrodescendentes (Amad).

No dia 21 (segunda-feira), gestores escolares, coordenadores pedagógicos e dos serviços de proteção do município, além de outros servidores municipais participam do Seminário “Educação para as Relações Étnico-Raciais”, às 13h, no auditório Leonardo Diniz, na sede da Prefeitura. O evento é coordenado pela Secretaria Municipal de Educação e seu Grupo de Trabalho temático.

Ainda no dia 21 serão promovidas rodas de conversas, organizadas pela Uemg e professores e alunos de direito e psicologia da Doctum, em três locais distintos. Pela manhã, às 7h, será a vez de “A Luta Antirracista: como utilizar o Lugar de Privilégio e o Lugar de Fala para ajudar nessa luta”, nas escolas estaduais Alberto Pereira de Lima e Luiz Prisco de Braga.  Já “O Racismo nosso de cada dia: a luta antirracista na educação”, será às 19h, na Rede Doctum, e, no dia seguinte (22), nas escolas estaduais Jenny Faria (7h), Manoel Loureiro (14h e 15h) e Geraldo Parreiras (19h30).

Dia 23, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) sedia, a partir das 14h30, a roda de conversa “Educação das Relações Étnico-Raciais), para adolescentes acompanhados por esse órgão.

No dia 24, todas as instituições à frente da programação conjunta se unem para uma série de ações no Centro Comunitário do Cruzeiro Celeste, a partir de 16h, envolvendo oficinas, conversas musicadas e bate-papo com rappers.

Por fim, no dia 29, a roda de conversa “O Racismo nosso de cada dia: a luta antirracista na educação”, da Uemg e Doctum, volta a ocorrer na Escola Estadual Geraldo Parreiras, às 8h. Uma audiência pública sobre Consciência Negra, na Câmara Municipal, às 14h, fecha o ciclo de eventos unificados sobre o tema em novembro no município.

 

Missa

 

A Pastoral Afro-Brasileira (PAB) da Paróquia São Luís Maria de Montfort realiza no domingo (20), na Igreja Sagrado Coração de Jesus, a tradicional Missa Afro, às 19 horas.

Com uma história de mais de dez anos na cidade, esse evento será realizado pela PAB também em Rio Piracicaba no dia anterior.

 

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