Comissão de saúde da Câmara promove mais uma reunião com representantes do setor no município

Com o objetivo de discutir a saúde no município, a Câmara Municipal de João Monlevade sediou mais uma reunião sobre o assunto. O encontro foi realizado na manhã desta quinta-feira, (10/11), e foi convocado pelo presidente da Comissão de Saúde, vereador Revetrie Teixeira (MDB). Segundo o parlamentar, o objetivo é buscar esclarecimentos sobre o setor bem como melhorias na área da saúde do município.

Participaram da reunião o vereador Belmar Diniz (PT), Pastor Lieberth (União) e Thiago Titó (PDT), a Secretária de Saúde Raquel Drumond, a administradora do Hospital Margarida, Girlene Lage, advogado do Hospital Margarida, Felipe Ivens, gerente de enfermagem do HM, Juliana Maria Freitas Duraes, coordenadora da saúde Mental, Eliana Bicalho, coordenadora da Vigilância em Saúde (Visa), Viviane Ambrósio, representantes da Atenção Primária à Saúde, Renata Cardini e Lilian Silva de Sá, presidente da Acinpode, Elias Gonçalves, além de membros do Conselho Municipal de Saúde.

Entre os assuntos, o vereador Revetrie Teixeira lembrou que durante a reunião ordinária dessa quarta-feira, vários vereadores abordaram a questão das “constantes faltas de plantonistas no Hospital Margarida”. Por sua vez, Girlene explicou que nos últimos meses, profissionais médicos acabaram saindo de João Monlevade em razão de propostas de valores melhores em outros serviços de saúde. Ela relatou que a situação já havia sido comunicada a Secretaria Municipal de Saúde e que, apesar do apoio da Prefeitura, os custos do Pronto Socorro são bastantes onerosos à instituição, e que os valores de repasse seriam insuficientes para cobrir os custos atuais. Girlene ainda informou que a Unidade de saúde tem empenhado esforços na busca de uma solução para a questão dos plantões do Pronto Socorro.

A secretária de Saúde, Raquel, endossou dizendo que nessa semana se reuniu com os representantes da Associação Médica e pediu atenção da entidade para ajudar na busca de soluções para o problema da falta de plantonistas no hospital.

Raquel ainda relatou que o município mantém uma boa relação com a unidade de Saúde e que juntos desenvolvem ações conjuntas e em rede (atenção primária, especializada e terciária feita pelo Hospital). Raquel ainda lembrou que no início do mandato a Administração Municipal reajustou em 12% o valor do repasse mensal para o Hospital Margarida, sendo R$700 mil para contratação de pessoal e R$300 mil para custeio. Ela ainda enfatizou que a unidade de saúde presta contas ao município de toda verba gasta.

O médico Luiz Amaral, presidente do Conselho de Saúde, destacou que os problemas na área de saúde, seja no setor público ou privado, estão presentes em todo o mundo, principalmente após a pandemia, com a falta de profissionais, aumento dos custos dos insumos e medicamentos, entre outros. Ele informou que o Conselho vai promover uma reunião, com as cidades que compõem a microrregião de João Monlevade, no dia 29, para tratar sobre os atendimentos no Hospital Margarida e como os municípios poderão contribuir nesta questão.

O vereador Revetrie Teixeira também informou que a Comissão de Saúde da Casa vai solicitar uma reunião com a Amepi, Cismepi, Associação Médica e representantes das Comissões de Saúde das cidades da região, para tratar do assunto.

Reunião ordinária

Na reunião ordinária dessa quarta-feira, 9, os vereadores abordaram a questão da falta de médicos no Hospital Margarida. Thiago Titó falou que foi procurado por vários cidadãos que relataram demora ou falta de atendimento na unidade. Ele contou que esteve no Hospital para buscar informações e cobrar soluções para o problema.

Belmar Diniz lembrou que a Prefeitura “possui uma contratualização com o Hospital que garante 5 profissionais no atendimento direto do pronto Socorro da unidade” e que estes profissionais são pagos pelo Hospital. Ele sugeriu que seja analisada a viabilidade de a contratação dos médicos seja feita por meio do ICISMEPI. A mesma sugestão foi apontada pelo vereador Doró da Saúde.

Belmar ainda endossou” que as cidades vizinhas que também utilizam o Hospital, se sintam na responsabilidade de ajudar a manter o atendimento da unidade, uma vez que elas pouco colaboram”.

O vereador Marquinho Dornelas também concordou que as cidades também precisam contribuir. “Uma reunião com a AMEPI, Cismepi e os municípios precisa ocorrer com urgência para verificar a situação”.

O vereador Fernando Linhares ponderou que não é uma obrigatoriedade de que as cidades ajudem o Hospital, uma vez que o direito à saúde é constitucional e a unidade tem como dever o atendimento a todos. Ele sugeriu que as cidades que compõem a AMEPI se reúnam e façam um protocolo de intenções ratificado, de forma que seja estabelecido a forma de contribuição proporcional para cada município, conforme a utilização pelos munícipes.

Por sua vez, Bruno Cabeção, informou que tem estudado o contrato firmado entre o Hospital e a Prefeitura para entender o funcionamento e saber quais as responsabilidades de cada um.

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